Editoria: Vininha F. Carvalho 07/03/2008
Estudo da pesquisadora do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) Margarida Hatem Pinto Coelho mostra que, entre 2002 e 2006, houve acréscimo de 235 mil ocupações no turismo o que significou um aumento de 14,4% no total de empregos nas atividades do setor. Tal desempenho supera o avanço do PIB em 0,4 ponto percentual. O Produto Interno Bruto cresceu cerca de 14% no mesmo período.
A região Norte, com crescimento de 47%, seguida pelo Sul, com 23%, e o Nordeste, com 17%, cresceram acima da média.
A região Sudeste, que concentra 44% da ocupação total no turismo, teve crescimento de apenas 7%, taxa semelhante à observada no Centro-Oeste, que tem a menor participação no número de ocupações do turismo.
Há um predomínio da ocupação informal no setor turismo em todas as regiões, e o seu ritmo de crescimento é maior que o do emprego formal. Em dezembro de 2006, 59% das 1,869 milhão de ocupações existentes no turismo eram informais.
O número de ocupações informais também cresce mais que o de formais. O segmento informal cresceu 16%, enquanto o formal, 12%, no período pesquisado.
Os maiores níveis de formalidade ocorrem nas regiões Sudeste e Sul, com 48%, e Centro-Oeste, com 46%, valores superiores à média do Brasil, de 41%.
As regiões Norte e Nordeste têm as menores proporções de ocupações formais, com 26% e 28%, respectivamente. Além disso, a região Norte teve a maior queda na taxa de formalidade, caindo de 30% em 2002 para 26% em 2006; no Nordeste, essa taxa manteve-se no patamar de 28%.
Destacam-se como atividades com maior formalidade: alojamento, aluguel de transportes e transportes. E como atividades informais: alimentação e cultura e lazer.
O estudo apresenta dados ano a ano para o Brasil e por região, com detalhamento nas chamadas ACTs (Atividades Características do Turismo): alojamento, agências de viagem, transportes, aluguel de transportes, auxiliar de transportes, alimentação e cultura e lazer.